terça-feira, 6 de março de 2007

A arte do fotograma ou o fotograma da arte?

A técnica da projeção da luz (do ampliador) sobre o negativo e, deste sobre o papel fotográfico já está mais do que sabida por todos nós, pois é dessa forma que a fotografia é ampliada. Mais do que simplesmente ampliar negativos transformando-os em fotografia (de papel) o ampliador pode ser utilizado para compor belas e subjetivas obras artísticas.

O fotograma é uma técnica que não necessita de câmera fotográfica, pois consiste na projeção da luz do ampliador sobre o papel fotográfico. Neste papel são dispostos elementos cuja informação visual que será impressa é composta de modo harmônico e subjetivo, segundo critérios do seu autor.

Simplificando: Coloco o papel fotográfico sobre a mesa da cabine de ampliação. Sobre o papel, os objetos que desejo que sejam projetados nele são organizados de modo a compor uma cena. Para que a imagem seja formada, projeto a luz do ampliador sobre tais elementos.

O fotograma referido aqui é específico da fotografia e não deve ser confundido com aquele do cinema.

domingo, 4 de março de 2007

A câmera artesanal “Pinhole”

Para fazer a câmera artesanal o processo é simples. Pode ser feita com latas ou caixas e para ambas o processo é praticamente o mesmo.
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O primeiro passo é transformar a caixa e/ou a lata em uma câmera escura. Isso por ser feito com papel cartão preto, spray ou mesmo pintando com tinta preto-fosco. É importante também ter uma tampa que vede bem o interior da caixa. A pintura (ou o forro com o papel cartão) deve ser feita em toda a caixa, inclusive na tampa, sendo que esta deve ficar totalmente vedada contra a luz.
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O segundo passo é fazer um pequeno buraco em uma das laterais da caixa. O furo deve ser feito com uma agulha no menor tamanho possível. Aqui é importante destacar que em alguns casos, quando se utiliza lata, por exemplo, o material é mais duro e impossível de furar com a agulha. Nesses casos, deve-se fazer um buraco maior (com prego ou furadeira) na lata e, sobre ele, colar um pequeno pedaço de papel alumínio e neste fazer o furinho com a agulha. O tamanho do furo irá interferir na definição focal e nitidez da imagem, por isso, quanto menor mais adequado.
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Após, deve-se verificar se não há nenhum ponto, além daquele feito pela agulha, por onde a luminosidade possa chegar. Caso houver, deve ser vedado, pois toda entrada de luz deve ocorrer somente pelo furo feito pela agulha. Esse furo deve ser vedado com papel cartão (com possibilidade de abrir) ou mesmo com fita isolante preta. Essa vedação deve ser fácil de abrir e manusear, pois servirá como dispositivo de controle da entrada da luz na câmera.
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A câmera já está pronta! (mas sempre pode ser aperfeiçoada, basta você notar algo que poderia funcionar melhor e adaptar em sua câmera pinhole). Como disse no último post, as câmeras convencionais também servem como pinhole.
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Para fotografar pode-se utilizar filmes negativos ou mesmo o papel fotográfico. Nesse caso, dentro de uma sala totalmente escura coloca-se o material (papel ou filme) dentro da lata ou caixa exatamente na superfície oposta ao furo, pois a imagem será projetada ali. Se for papel deve-se colar com um pequeno pedaço de fita adesiva para que não solte enquanto você caminha até o objeto fotografado. Fecha-se bem a caixa. O formato e o tamanho das imagens depende muito do estilo que sua câmera artesanal tem, mas você pode variar na construção do material.
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A revelação do material obtido é a mesma dos procedimentos fotográficos convencionais (de revelação manual). É importante lembrar que o primeiro material revelado (o papel, por exemplo) será o negativo e que a projeção de luz sobre este e sua revelação trará o positivo.
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Bem, se ficou alguma dúvida (e acredito que tenha ficado) ou se você quer mais detalhes, os links que citei no último post são boas indicações.

Negativo em papel de fotografia feito com câmera Pinhole, em 2004.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Buraco de agulha

E então, você já fotografou através de um buraco feito com a agulha? Não?! Nem imaginava que poderia?!

Estenopeica, Pin-Hole ou Pinhole é como podemos chamar a máquina fotográfica que não possui lente, além de ser prática, econômica e simples. O nome inglês Pinhole ou Pin-Hole é traduzido como “buraco de agulha” e é designado a este tipo ‘alternativo’ de câmera fotográfica que não tem lentes, apenas um minúsculo furo que funciona como lente e diafragma fixo no lugar em que seria a objetiva. Por este furo passam os raios de luz que formam a imagem.

A câmera artesanal pode ser construída utilizando materiais simples ou mesmo as câmeras convencionais podem ser usadas como pinhole. Desde uma caixa de sapatos, uma lata de tinta ou de leite, assim como uma caixinha de fósforo podem se tornar câmeras eficientes.

Pode parecer simples ou pouco funcional, mas na verdade não é isso. A câmera pinhole é uma alternativa barata e muito eficiente, capaz de captar belas imagens. Além do mais, se para você esse assunto parece novo (ou não), muitos estão fotografando ou ensinando a fotografar através do buraco da agulha.

Bem... como fazer isso, explicarei no próximo post, mas já adianto que, para quem está curioso e quer saber um pouco mais, há alguns sites que explicam muito bem o processo. Há também links e bibliografia que tratam da fotografia pinhole.